YoursCast: jovens da Geração Z que pensam a organização financeira desde cedo têm mais possibilidades na hora de investir em educação

O Brasil é o segundo país do mundo em número de jovens entre 18 e 24 anos que não estudam nem trabalham, de acordo com o governo federal em 2023. O dado é assustador por um lado, mas evidencia um novo pensamento da geração Z: a qualificação profissional e a entrada no mercado de trabalho não seguem mais os roteiros que conhecíamos. Há outras maneiras de seguir os sonhos e manter a organização financeira, porém essas oportunidades não chegam para todos e todas. 

Este debate é tema do quarto episódio da terceira temporada do Yours Cast. Carol Janke e Diego Angelos. A dupla recebeu as estudantes Gaby Sokal e Luísa Pereira, 18 anos, moradoras da Região Metropolitana de Porto Alegre, para falar sobre as dificuldades e vantagens em priorizar a organização financeira no momento de sair do ensino médio e começar a vida adulta.

Diferentes caminhos até a organização financeira

Ambas receberam apoio e instrução em casa para lidar com dinheiro e priorizar os estudos. No entanto, Gaby tem como objetivo morar sozinha antes de cursar uma graduação convencional, ao passo que Luísa está mais inclinada a seguir a formação acadêmica assim que concluir o ensino médio. Mesmo com passos diferentes na caminhada, as duas percebem que o choque de realidade ao chegar na maioridade atinge toda a geração.

“O desafio é entender o mundo real. Temos sonhos quando somos crianças, e depois percebemos, pelos 18 anos, como é o custo da qualificação necessária para trabalhar e alcançar estes objetivos”, reflete Luísa.

Exemplo em casa

Gaby é a filha mais velha de seus pais e viu seus dois irmãos mais novos começarem a trabalhar antes dela. No seu próprio ritmo, ela conversou com seus responsáveis e explicou sua visão: queria priorizar a organização financeira ao mesmo tempo que estudava o ensino médio técnico, pois quer alcançar a independência financeira antes dos 20 anos.

“Em casa tem a cobrança dos estudos. Sou a mais velha e meus irmãos mais novos começaram a trabalhar até antes que eu. Precisei aprender a conciliar estudo e trabalho e tive apoio dos meus pais para fazer isso. Conversamos, pois eles se preocupavam com uma eventual queda de rendimento por acumular as duas rotinas”, explica.

Luísa (E) e Gaby (D) foram as convidadas do episódio 4 da temporada 3 do YoursCast

Para isso, ela precisou de disciplina quando começou a receber bolsa educativa nos projetos desenvolvidos ao longo do ensino médio. Depois da escola, escolheu aprimorar seu talento de gestão e vendas com o Instituto Caldeira. Cada passo dado por ela é na direção do objetivo traçado:

“Sempre sonhei em ter o próprio dinheiro sem depender do dinheiro dos meus pais, que é suado. Meu plano é morar sozinha daqui um ano, então separei uma porção desde as primeiras bolsas e salários que ganhei para conseguir alcançar essa meta”

Começando a organização financeira

A proposta de administrar o próprio dinheiro e em breve poder administrar a própria casa é um exemplo de investimento de energia na manutenção de hábitos, de dedicação para estudar e trabalhar e também na valorização da qualificação profissional, destaca o gestor educacional Diego.

“Qualquer valor que o jovem consiga começar a administrar, seja mesada, bolsa ou salário, faz a diferença, pois em algum momento vai acontecer a independência e o adulto precisa saber lidar com isso. Não há um mínimo ou um máximo de quanto investir em educação. Cada família e pessoa planeja sua prioridade de acordo com sua possibilidade. Além disso, é possível investir em livros, cursos menores, intercâmbios ou outras qualificações, isso também dá retornos em determinados prazos”, argumenta. 

Falta inclusão

As desigualdades socioeconômicas e baixo acesso da população à educação financeira foi apontada por Luísa como algo que a incomoda neste momento de vida. Ainda tão jovem, a estudante de marketing entende que toda sua geração chegaria à vida adulta com mais ferramentas para a caminhada profissional e, consequentemente, para uma melhor organização financeira a curto, médio e longo prazo.

“Machuca saber que nem todo jovem tem acesso aos recursos que nós tivemos para desenvolver nossa mentalidade em uma escola particular de Ensino Médio. Todos deveriam ter as oportunidades de se sentir capaz de empreender e trabalhar”, disse ela.

Com a Yours, ensinar finanças e empreendedorismo para crianças é uma experiência prática, segura e divertida.

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