Jovens de escolas públicas vão receber R$ 9.200 para concluir o Ensino Médio e poder ajudar a organizar as contas de casa

Nem todo jovem tem a oportunidade de crescer em uma casa em que o trabalho dos adultos é suficiente para sustentar financeiramente a família e organizar as contas da casa. Grande parte da próxima geração de brasileiros não vai para a escola com regularidade pois precisa trabalhar, buscar renda para ajudar seus pais ou responsáveis a ter dinheiro suficiente para gastos básicos da família. Ainda que esta realidade esteja longe dos olhos de alguns, ela se repete em todo o país.

Segundo dados levantados em 2022 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 3,6 milhões de jovens entre 14 e 25 anos não estavam matriculados nem formados no Ensino Médio porque precisavam trabalhar. Este motivo corresponde a 40% dos 9 milhões de estudantes da mesma idade que abandonaram os estudos.

Incentivo à permanência

Pensando em proporcionar uma renda básica para estes 40% e incentivar todos os outros adolescentes a seguir na escola, o Governo Federal lançou um programa que vai depositar R$ 200 por mês em uma poupança individual e intransferível para cada um deles. De fato, faculdades e escolas particulares oferecem bolsas semelhantes mediante bom desempenho. A diferença é que o governo vai focar em quem tem menos dinheiro para organizar as contas da casa.

Alunos do ensino médio da rede pública cuja família recebe o Bolsa Família terão direito ao incentivo. Os estudantes devem alcançar 80% de presença e a aprovação no ano letivo para ter direito ao benefício. Ao final de cada ano, o governo transfere um bônus de R$ 1 mil para a poupança, porém, com a condição de só poder ser sacado depois da conclusão de todo o Ensino Médio.

Somando todos os valores depositados mensalmente e os que poderão ser sacados apenas depois da formatura, cada jovem poderá receber R$ 9.200 pelos três anos de presença e aprovação no Ensino Médio.

Quem precisou organizar as contas da casa desde cedo aprova

O CEO da Yours Bank, Felipe Diesel, 38 anos, estudou na mesma escola pública que sua mãe trabalhava. Ele ressalta que a medida de incentivo do governo para jovens já acontece em países economicamente mais desenvolvidos. Com efeito, Diesel confia que pode funcionar também no Brasil. 

— Jovens de baixa renda tendem a ter maior evasão escolar por vários motivos. Família quebrada e distante do aluno, situação de vulnerabilidade social ou a necessidade de trabalhar para ajudar em casa, por exemplo. É preciso incentivar a presença deles em sala de aula. Não dá para esperar que todos e todas tenham, em casa, essa consciência da importância da escola para o futuro — destaca o executivo. 

A bolsa também poderá contemplar estudantes de 19 a 24 anos de idade matriculados na Educação de Jovens e Adultos (EJA). A evasão escolar também atingiu esta faixa etária. Principalmente porque, ao mesmo tempo que conclui os estudos, é a principal responsável por organizar as contas da casa, muitas vezes já com filhos dependentes da sua renda.

Só o dinheiro sozinho não organiza as contas da casa

Sobretudo, Diesel argumenta que é preciso combinar princípios de educação financeira às iniciativas de distribuição de renda básica. 

— O Bolsa Família é para subsistência, e muitas vezes nem dá para isso. Essa ajuda do governo para o estudo faz com que essa família ajude o jovem a frequentar a escola. É um subsídio e ajuda no orçamento familiar. A Yours leva ferramentas para essa e outros tipos de família pensarem e aprenderem a usar sua grana da melhor maneira. O principal é fugir das armadilhas do crédito e das compras indevidas — destaca Diesel.

O governo federal disponibilizou R$ 20 bilhões para o programa. Caso os jovens beneficiados não cumpram as condições, os valores depositados na poupança retornam ao fundo.

Quanto rende R$ 9,2 mil?

Os jovens que conseguirem poupar todo o valor recebido pelo governo ao longo do ensino médio terão uma grande ajuda para organizar as contas de casa quando a vida adulta chegar. Ainda que seja difícil economizar 100% da bolsa, apenas os R$ 3 mil pela conclusão de cada ano já poderiam pagar, por exemplo:

  • a primeira mensalidade em uma faculdade particular;
  • as taxas para fazer a Carteira Nacional de Habilitação (CNH);
  • primeiro aporte rumo a um intercâmbio;
  • curso de idioma;

A saber, em investimentos de renda fixa o montante se multiplicaria lentamente. Se o estudante conseguir direcionar metade da bolsa ao longo dos 2 primeiros anos em um CDB de liquidez diária, ele teria R$ 4.335,00 para investir em um curso preparatório para o ENEM ao longo do terceiro ano do Ensino Médio.

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